A artista Silvinha Araújo estava internada no hospital 9 de Julho, em São Paulo, e morreu por volta das 20h30 da quarta-feira (25), aos 56 anos, após longa batalha contra uma doença implacável. Sylvinha havia completado 40 anos de carreira .Ela deixa dois filhos, Mônica Araújo, 37, e Edu Luke, 30. Ambos trabalham no meio musical. Ela deixa ainda um neto, Lucas, 2, filho de Mônica.
Ao lado do marido Eduardo Araújo, Sylvinha foi um dos ícones da jovem guarda no final dos anos 60.
Suave é a Noite
É tão calma a noite
A noite é de nós dois
Ninguém amou assim
Nem há de amar depois
Quando o amanhã nos separar
Em nossa lembrança hão de ficar
Beijos de verão, ternuras de luar
A brisa a murmurar sua canção
Tudo tem suave encanto
Quando a noite vem
A noite é só nossa
No mundo não há mais ninguém
Beijos de verão, ternuras de luar
A brisa a murmurar sua canção
Tudo tem suave encanto
Quando a noite vem
A noite é só nossa
No mundo não há mais ninguém
De Paul Francis Webster e Sammy Cahan (Tender is the Night, em versão de Nazareno de Brito.
>> Cifra
>> Midi Voice >> Moacir Franco
Silvinha surgiu no cenário nacional junto com o pessoal da Jovem Guarda, e durante algum tempo foi considerada a Rita Pavone brasileira.
Silvinha (Sílvia Maria Peixoto), cantora,nasceu em Mariana em 16/9/1951 , MG. Começou a cantar por volta de 1963, apresentando-se em rádios e programas culturais, com o coral de músicas folclóricas organizado por sua mãe, professora de música em São João del Rei MG. Mais tarde, incluiu no repertório do coral músicas dos Beatles e de Rita Pavone.
Ela tornou-se cantora profissional com apenas 14 anos, quando lançou seu primeiro disco, com as músicas "Vou botar Pra Quebrar" e "Feitiço de Broto".
Em 1965 , atendendo a convite de Aldair Pinto, foi para Belo Horizonte Minas Gerais para atuar no programa de televisão "Programa só para Mulheres", seguindo dois anos depois para o Rio de Janeiro RJ, onde foi lançada no programa do Chacrinha. Contratada pela TV Excelsior, de São Paulo SP atuou por pouco tempo no Programa dos Incríveis, e logo depois obteve um programa próprio - O Bom - ao lado de Eduardo Araújo, depois seu marido. Ainda em 1967 gravou pela primeira vez, com as músicas Vou botar pra quebrar e Feitiço de broto (Carlos Imperial), pela Odeon.
No ano seguinte excursionou pelas principais capitais do país com show da Rhodia, cantando na Fenit, em São Paulo, e no Copacabana Palace Hotel, do Rio de Janeiro. Na volta, foi contratada pela TV Tupi para participar do Programa dos Incríveis, mas seis meses depois estava na TV Record.
Sylvinha ganhou fama na época da jovem guarda ao lado de ícones como Roberto Carlos, Erasmo Carlos e Wanderléa, Eduardo Araújo com quem se casou em 1969, Sua voz potente emprestou força a canções como "Paraíba" (de Luiz Gonzaga), o que na época rendeu comparações até com a cantora americana Janis Joplin.
Ela chegou a vender mais de um milhão de discos em sua carreira e gravou inúmeros jingles publicitários.
Gravou três LPs na Odeon, nos anos de 1968, 1969 e 1971. Contratada peta RCA Victor de 1972 a 1975, participou esse ano do show "Pelos caminhos do rock " ao lado de Eduardo Araújo, no Teatro Bandeirantes, de São Paulo, e gravou quatro compactos simples.
Em 1975 transferiu-se para a gravadora Copacabana.
Depois de alguns anos afastada dos palcos, Silvinha começou a fazer algumas vocalizações e backing vocals em jingles e discos, mas sem maiores pretensões, até que certo dia em 1978, a cantora que deveria gravar uma peça faltou. Silvinha foi chamada e arrasou. A partir de então, passou a ser uma das cantoras mais requisitadas para gravação de jingles.
Durante mais de 20 anos tornou-se uma estrela dentro dos estúdios, cantou em mais de 2 mil jingles e certamente a voz mais ouvida no Brasil em campanhas para Mc Donald’s, Coca-Cola, Unibanco, Varig, entre milhares de outras. É só pensar em uma campanha de um grande anunciante, que a voz da Silvinha estará lá.
Seu efeito shake é inconfundível. O que ela faz com a voz é inacreditável. Não é a toa que Silvinha chegou a gravar seis jingles diferentes por dia.
Tornou-se uma das mais requisitadas cantoras de estúdio do Brasil, gravando em dupla com vários artistas, entre eles Eduardo Araújo.
Entre os anos 70 e 80, foi jurada de programas de calouros apresentados por Silvio Santos.
Há alguns anos Silvinha se afastou da publicidade e passou a se dedicar, junto com o marido Eduardo à sua gravadora, a Number One e em 2001 lançou o CD Suave é a Noite, repleto de músicas românticas e participações especiais. Silvinha tem feito diversos shows divulgando seu disco.
Ao lado do marido, Eduardo Araújo, lançou no ano 2007 a compilação ao vivo "40 Anos de Jovem Guarda".
OUÇA >> SILVINHA >> JOVEM GUARDA
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